Alma de poço – Antonio Augusto
Ferreira
Alma de poço – Antonio Augusto
Ferreira
Madrugada mais lubuna mateio
desprevenido
Tenho andado mal dormido com paixões
demais pra um
Os meus olhos tresnoitados se voltam
mesmo pra dentro
A vida põe sal na boca e o mate não mata
a sede
Querência fica distante mesmo andando
dentro dela
Que me importa o sol na cara se a alma
não amanhece?
Não quero sonhar de novo renascer não
vale a pena, ai
Alegria pouco importa quando a vida anda
pequena, ai
Solidão bate no rancho já me sabe mais
covarde
Vou cultivando um silêncio que vai
florescendo à tarde
(Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço,
Jeito de rio
Ai, ai, ai de mim, alma de poço,
Peito vazio
Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço,
Jeito de rio)
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