quarta-feira, 23 de maio de 2012

Alma de Poço

Para relebrar  o saudoso poeta santamariense Antonio Ferreira.

Alma de poço – Antonio Augusto Ferreira


Alma de poço – Antonio Augusto Ferreira

Madrugada mais lubuna mateio desprevenido

Tenho andado mal dormido com paixões demais pra um

Os meus olhos tresnoitados se voltam mesmo pra dentro

A vida põe sal na boca e o mate não mata a sede



Querência fica distante mesmo andando dentro dela

Que me importa o sol na cara se a alma não amanhece?

Não quero sonhar de novo renascer não vale a pena, ai

Alegria pouco importa quando a vida anda pequena, ai



Solidão bate no rancho já me sabe mais covarde

Vou cultivando um silêncio que vai florescendo à tarde



(Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço,

Jeito de rio

Ai, ai, ai de mim, alma de poço,

Peito vazio

Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço,

Jeito de rio)




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